Pin-up: quem não gosta?

Poucas coisas são tão sensuais quanto a imagem de uma pin-up. Esse visual que mistura a ideia de inocência normalmente atribuida às décadas de 1940 e 1950 com roupas curtas e provocantes dos bales funks brasileiros certamente está no imaginário de qualquer pessoa que se interesse por mulheres e tenha bom gosto.

 De acordo com artigo "Imaginando a Mulher: pin-up, da cheretté à playmate" de Antônio José Saggese as pin-ups começaram a fazer sucesso nos Estados Unidos e Europa durante a segunda guerra mundial. Nesse período desenhos de mulheres no estilo pin-up faziam parte dos esforços de guerra. As pin-ups se tornaram tão importante na cultura da segunda guerra que os soldados as pintavam em seus aviões e seus desenhos eram apostados em jogos de cartas e dados.

 No artigo "Pin-Up: fotografias que encantam e seduzem" de Priscilla Afonso de Carvalho e Maria Irene Pellegrino de Oliveira Souza se afirma que a mistura de inocência e malícia nas fotos de garotas com roupas justas e seios fartos são o grande charme desse tipo de imagem. De acordo com o artigo as Pin-ups foram uma das primeiras manifestações de cultura de massa pop vista no mundo. Esses desenhos estavam em todas as partes, do cartão postal ao isqueiro e suas fotografias eram muito usadas em propagandas.


 As Pin-ups na verdade foram o primeiro exemplo de como a imagem de uma mulher gostosa pode vender coisas. Recentmente a marca de cerveja Devassa também aderiu a utilização desse símbolo a sua logo, honestamente não sei dizer até que ponto isso contribui para a visão do corpo da mulher enquanto objeto, entretanto temos que admitir: Pin-ups são sensuais.

 Seja na propaganda ou na arte, as pin-ups tratam da beleza feminina por um viés mais luxuoso que a pornografia comum, talvez daí venha a diferença entre arte erótica e pornô.


Imagem pega do blog: gentequepresta.blogspot.com