Adoro descobrir novos autores. Quando essa situação me
acontece,sempre fico com a impressão de que arranjei um novo camarada de
boteco, o que é muito legal. Essa semana meu novo “camarada” é o Marquês de
Sade.
Gostei de como esse aristocrata desbocado retratou a
burguesia e as relações de casamento de sua época, o século XVII. Eu não sou
exatamente um especialista em literatura, mas o que li até agora do Marquês de
Sade me faz ver ele como um Nelson Rodrigues vitoriano interessado em sacanear
e chocar a alta sociedade.
Os alvos eram os mais
poderosos: Homens brancos e heterossexuais, membros ricos da sociedade, padres.
O escritor desbocado tinha um apetite especial por figuras com prestigio social
que em seus contos tratava os membros do topo da pirâmide como cornos, estupradores ou criaturas incapazes de
satisfazer suas esposas.
Por conta de contos provocativos como “O corno de si mesmo”,
“O marido Padre”, “O Marido castigado” e algumas festinhas , o
Marquês de Sade foi preso muitas vezes por perversão, sodomia, libertinagens e
devassidão. Um companheiro de balada perfeito, não?
Mesmo para os padrões atuais, ainda se encontra gente que se
ruboriza com os contos do Marquês de Sade, mesmo que alguns deles me lembrem
apenas as nossas piadas de teor libidinoso, mas fazer o quê? Existem pessoas
que se levam muito a sério para serem levadas a sério.
Eu recomendo muito os contos do Marquês de Sade para as
garotas feministas, homens entediados e mulheres que estão com casamentos
infelizes, pois com tantas histórias de corno escritas pelo Marquês, alguma
solução existirá.
Um comentário:
Muito bom Cícero, admiro muito o Marquês de Sade, na verdade vejo ele como um irmão mais velho, rs
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