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terça-feira, 16 de março de 2010

Tentativas de solidão

Hoje é um dia foda pra mim, não que tenha acontecido alguma coisa excepcionalmente boa ou ruim, estou tendo um dia bem comum para ser honesto. O que ocorre é que certa tristeza me atingiu. Por qual razão? Não tenho idéia.


O importante mesmo é que eu quero ficar sozinho, sem ninguém me aborrecendo por qualquer que seja o motivo, por isso me posicionei em lugar estratégico na faculdade hoje. O local é embaixo de uma árvore que fica no estacionamento cujo muro dos fundos é voltado para um cemitério. Então, obviamente poucas pessoas vão a esta parte do prédio, já que os idiotas acham que essa área é assombrada ou coisa assim.

Eu estava pensando em como era bom estar sozinho fumando meu cigarro quando senti um tapa no meu ombro e um grito ridículo que dizia:_E aí veiii.

Era o Túlio, mas honestamente eu preferia que fosse um fantasma ou um assaltante, já que diferente do meu colega de sala, essas duas outras opções iriam embora em algum momento.

Ta aqui isolado, vei? Disse Túlio com aquela voz de retardado que só ele tem.

_Só queria fumar meu cigarro em um lugar isolado.

_É pra não ter que dividir seu Hollybomba, vei?

Neste momento eu percebi: tenho que me mandar daqui para me livrar desse infeliz.

_Eu tenho uma coisa importante pra fazer, vou indo nessa _ eu disse.

_Tudo bem vei, a gente se vê por aí.

Honestamente eu espero nunca mais ver a cara daquele cretino, ainda bem que tenho outro bom ponto de solidão na faculdade: o velho teatro. Ninguém vai lá, então, finalmente vou poder fumar o meu cigarro em paz.

Ou não. Diabos têm um monte de guri tomando vinho vagabundo no meu ponto de solidão numero dois, agora só há um lugar para onde ir: os bancos que ficam ao lado da biblioteca. Normalmente são vazios, pois ficam escondidos por uma estranha parede que aparentemente existe sem objetivo.

Inferno! Tem um casal no meu ponto de solidão numero três, em casa eu não vou conseguir ficar só, moro numa república de estudantes e a casa vive cheia, acho que vou dar uma volta por aí.

Ao sair da faculdade percebo que ninguém olha pra mim, ninguém fala comigo. Caminho mais um pouco e sinto a solidão que tanto queria. Entendi. Pode haver um monte de gente ao seu redor, mas ainda assim pode ser solitário na rua. É um conceito cruel, mas útil pra mim, além do mais não tem lei contra o cigarro na calçada.

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