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terça-feira, 9 de agosto de 2011

Projeto da deputada Luiza Maia pode ser problemático




Ok. Vou fazer algo hoje que eu sempre considerei impensável: defender o pagode baiano.

O projeto da deputada Luiza Maia (PT_BA) que visa impedir a entrada de grana pública em eventos onde existam bandas que cantam músicas onde a mulher é tirada a dignidade da mulher.

Pergunta: O que tira a dignidade da mulher?

É preciso responder com muito cuidado essa questão. Eu estava ouvindo algumas músicas de pagode para a criação desse post (hoje foi o pior dia da minha vida!) e percebi que muitas dessas canções simplesmente falam de mulheres que gostam de sexo.

Se pararmos para pensar, condenar uma música onde existe o apelo sexual feminino pode ser tão machista quanto “me dá a patinha, me dá”, pois se afirmar que tirar a dignidade da mulher é dizer que elas gostam de transar me soa meio quanto babaca e relativamente patriarcal (leia o post anterior a esse "que diabos é patriarcalismo").

Não estou dizendo que algumas dessas músicas não são ofensivas, ou não incentivam a violência (Coisa que rola em todos os ritmos musicais), mas é preciso se pensar bem nos critérios de avaliação antes do estado se colocar contra as surras de bunda da vida.

*Obs: Eu sei que minha opinião não é importante, mas eu dou e dou e dou outra vez mesmo assim. É que eu gosto.




2 comentários:

Nanicos disse...

Falar deste tema é muito complexo, pq envolve liberdade de expressão, ditadura do q é bom, educação, moral e o velho machismo.

Sei q vários ritmos musicais tbém fazem apologia à violência, como o blackmetal, alguns grupos de hardcore, hap, e outros. Apesar de esses dois últimos utilizarem da violência como ferramenta ideológica, mas não entraremos nesta questão.

Deixo explícito sobre esse post, não tenho nada contra músicas com teor sensual, erótico ou pornográfico. Quem nunca pensou em realizar esses movimentos insinuados e dançados, sejam homem ou mulher?

A questão em xeque é: "mulher é igual à lata, um chuta o outro cata", ou "amaça a lata com a bunda”, ou mesmo "vou meter com força" e "agora a mulher vai dizer sim ou não com a bunda".

Se observarmos, sempre q canta isso são homens. Ou vc já notou alguma mulher no pagode baiano cantando q qr amaçar a lata com a bunda, q qr ralar a xana no asfalto? Se o pagode fosse cantado por ELAS, aí eu não tinha o q discutir, pois seria a escolha delas.

Mas, não... São homens de nível cultural baixo e inconscientemente disseminado no cotidiano da sociedade a desvalorização da mulher.

Não quero condenar o cantor, insinuando-o q faça de maneira maquiavélica. O rapaz só qr ganhar seu din din honestamente, se divertir no bairro periférico q não tem uma diversão e, por fim, ELES somente são produto de uma sociedade falida, na qual a mídia, q deveria ter o papel d diversidade cultural, só propaga a miséria.

Vejo a validade deste projeto mais como um ponto de partida para o debate. Qto mais discutirmos um tema, novas ideias vão se construindo. E se há uma desvalorização da mulher, nada mais justo q o poder público ñ contrate essas bandas com esse teor, seja pagode ou rock.

Isto É Uma Banana disse...

Concordo cara, mas a gente tem que tomar muito cuidado com os critérios utilizados em um projeto como esse.
É muito daquele negócio de "quem fiscaliza o fiscal?"